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Ebola: por que também nesse caso o dedo é apontado para imigrantes e refugiados?

  • Paolo Parise
  • 8 de set. de 2014
  • 1 min de leitura

O surto de Ebola está provocando muitas mortes em uma parte da África Ocidental. Ao mesmo tempo, aumentam os esforços para tentar conter esse vírus e testar novos tratamentos. Em outros lugares do mundo, seja no hemisfério norte ou sul, vai se espalhando pânico e alarmismo.

Obviamente não podemos minimizar o risco. Existe, apesar de extremamente baixo, o risco de se espalhar e alcançar outras regiões do planeta. Por essa razão é importante estar por dentro do assunto, receber orientação, conhecer os sintomar, aprender como lidar e a quem recorrer. Nesse contexto é louvável que o instituto de infectologia Emílio Ribas, unidade da Secretaria de Saúde do Estado de São Paulo e referência em diagnóstico e tratamento de doenças infectocontagiosas, tenha promovido nessa sexta-feira, 5 de setembro, a palestra " O Risco de Disseminação de Doenças em População em Deslocamento", realizando um trabalho de orientação sobre o vírus Ebola.

Porém, chama a atenção mais uma vez como algumas matérias da mídia brasileira deixam aflorar preconceitos, apontando os imigrantes e refugiados como ameaças. E por que essas mesmas matérias não fazem referência aos turistas, executivos, técnicos, diplomatas ou jornalistas que provêm destas regiões infectadas pelo Ebola?

Se pararmos para pensar, é improvável que o vírus entre no Brasil através de um imigrante ou refugiado. Vários deles demoram até um mês para alcançar o país. Os sintomas da doença já teriam se manifestado há muito tempo! Enquanto as outras categorias de pessoas em poucas horas chegam ao Brasil com a possibilidade de manifestar os sintomas depois de vários dias já em terra brasileira.

 
 
 

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