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Casa do Migrante: uma família ao redor de Antônio

  • Foto do escritor: Missão Paz
    Missão Paz
  • 20 de fev. de 2016
  • 1 min de leitura

São 22h00 quando chegamos numa área coberta que dá para o jardim, onde já há um grupinho de 10 pessoas ouvindo música congolesa. Aos poucos chegam mais moradores da casa. Uns levam cadeiras, outros tiram as roupas que estão no varal para secar. Chegam até crianças. O grupo é formado por homens e mulheres. Aos congoleses se somam angolanos, togoleses, guineenses. Antônio que perdeu a irmã na República Democrática do Congo está sentado. Alguns o saúdam expressando pêsames. A certa altura, um imigrante agradece, em português, a presença do Pe. Antenor. Outro traduz simultaneamente em francês. O padre é convidado a dar uma palavra. Pe. Antenor levanta, se desloca até onde estão os dois, e se solidariza com Antônio e os familiares que estão na República Democrática do Congo. Lembra a presença do Deus da vida. E diz que todos nós somos a família do Antônio. Neste momento, olho os presentes e vejo um da Ucrânia. E percebo como realmente a solidariedade diante da morte reuniu os moradores da casa como uma família. Terminada a fala do padre todos batem palmas. A música volta. Alguns cantam. Bolachas, biscoitos, café e leite começam a ser servidos.

Depois de alguns minutos nos despedimos e vamos embora. Os rostos dos presentes expressam gratidão. Ao mesmo tempo a solidariedade foi manifestada, não queremos dar a impressão de ser curiosos ou inoportunos e nos despedimos. A celebração continua. Mas aqui a descrição termina. E deixamos a Casa do Migrante com a sensação de solidariedade e de comunhão.

 
 
 

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