NOTA DE REPÚDIO AO CRIME DE FEMINICÍDIO
- Missão Paz
- 6 de jan. de 2017
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A Missão Paz, que tem por tradição a defesa dos direitos humanos, declara publicamente o seu repúdio ao crime de feminicídio que, na passagem do ano fez, lamentavelmente, mais vítimas no Brasil e no mundo.
Em 31 de dezembro de 2016, Isamara Filier, 41 anos, seu filho e outras 10 pessoas foram mortas pelo seu ex-marido, em Campinas, no interior de São Paulo. Das 12 pessoas da chacina, nove eram mulheres.
Em 1º de janeiro de 2017, Jenny Mamani Patzi, boliviana, 23 anos, foi morta a golpes pelo ex-namorado em La Paz, Bolívia. O irmão da jovem reside há 14 anos em São Paulo e participa do “Grupo Folclórico Kantuta Bolivia” na “Fraternidad Caporales San Simon” e atualmente é integrante dos "Tinkus Wayna Lisos", que frequentemente se apresentam na Missão Paz.
Dados alarmantes da Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (Cepal) revelam que, todos os dias, 12 mulheres latino-americanas e caribenhas morrem apenas pelo fato de serem mulheres.
A Missão Paz vem em defesa das mulheres e reitera seu o compromisso com a igualdade de gênero e contra as estruturas sociais que permitem e encorajam a violência contra elas. Entende que tais crimes são provenientes de uma sociedade que perpetua e finge não existir a violência e a discriminação de gênero. Igualmente os agressores parecem ter certeza da impunidade, o que também contribui significativamente para o aumente e requintes da violência.
A Missão Paz reivindica justiça social às vítimas e a devida punição, nos termos da lei, aos agressores. Também reivindica a formulação e implementação de políticas públicas para a igualdade de gênero como uma das formas de prevenção e combate à violência. Repudiamos veementemente o crime de feminicídio, disseminado amplamente em diversas partes do globo e lutamos por uma sociedade com igualdade de direitos e dignidade humana, como assegurada pela Declaração Universal dos Direitos Humanos.
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